terça-feira, 25 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
20 de Novembro
"O dia 20 de novembro simboliza a resistência dos africanos contra a escravatura. Essa resistência assume diversas expressões táticas e perpassa todo o período colonial. Durante esse período, em todo o território nacional, havia quilombos e outras formas de resistência que, em seu conjunto, desestabilizaram a economia mercantil e levaram à abolição da escravatura. Esse é o verdadeiro sentido da luta abolicionista, cujos protagonistas eram os próprios negros. Eles se aliavam a outras forças, mas, muitas vezes, foram traídos por seus aliados. Mais tarde, entretanto, a visão eurocêntrica da história ergueria os aliados como supostos atores e heróis da abolição. A comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra em 20 de novembro tem como objetivo corrigir esse registro histórico e reafirmar a necessidade de continuarmos, nós, os negros, protagonizando a luta contra o racismo que ainda impera neste país." - Abdias do Nascimento
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Estado Genocida
Em tempos de
ditadura
Somos vítimas
Sob tensão
com receio de capturas
Estamos na
mira dos tiras
Prisões
seguidas de torturas
Por (não)
termos uma idéia crítica
No terreno do
descaso vemos nossas sepulturas
Viramos
estatística
O mito da
democracia racial
Insiste nos
calar
Com a violência policial
Vamos
persistir, não vamos nos conformar!
Repressão
que retalha
Cicatriza na
pele
Das
chibatadas ao pau de arara
O genocídio
permanece
Ao invés de
ser flamejante
O inferno é
frio e feito de aço
Enjaulado
Numa
condição de rato
Sob torturas
Nos afogam
nas trevas
Altar das
degradações
Onde só há
sádicos
Vorazes como
leões.
Cada letra
que pinga no papel
Vira
manifesto
É a revolta
que toma o céu
Fazendo
chover sangue
Para que
essa terra seja regada e fortificada
Viva de
idéias
E
resistência
Em tempos de insanas violências.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Liberdade
Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.
Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essas audácia importe.
Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome.
Carlos Marighella
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