O moleque corre junto com a pipa,
ou atrás de uma,
prepara o cerol debaixo do sol
empina, desbica,
toma um corte e perde a pipa.
O moleque corre atrás da bola
dribla, faz gol,
deita e rola
com os aliados - comemora!
Em tardes ensolaradas ou nubladas
época de pipa,
futebol com a garotada do bairro,
no chão de barro (que hoje em dia foi
coberto pelo asfalto)
Se tornaram boas lembranças d'um
passado memorável.
O tempo passou.
O moleque nunca mais fez gols,
nunca mais desbicou,
lembra-se que já foi feliz.
Agora, corre contra o tempo montado
numa moto,
vive infeliz,
sobreviver sem tempo pra nada
o deixou assim... em nostalgia.
Bruno Gabiru