sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Caxinguelê


Caxinguelê
Caxinguelê
Entra na roda que eu quero ver

Com o corpo fechado
E cordão de ouro
Não há maldade alguma que te faça temer

Caxinguelê
Caxinguelê
Entra na roda que eu quero ver

Incendeia sob a lua cheia
Traçando um compasso na areia
Ao som do batuque que te motiva a viver

Caxinguelê
Caxinguelê
Entra na roda que eu quero ver

Recite um poema seu
Mas se você se esqueceu
Ouça essa cantiga pra não se esquecer

Caxinguelê
Caxinguelê
Entra na roda que eu quero ver

Cadê o menino? Cadê
O menino encontrou a fome
Deu um perdido par arrumar o que comer


                                                                                Bruno Gabiru

Poema publicado na edição nº 37 de Cadernos Negros, organizado pelo grupo Quilombhoje.