A boca de fome
Sem nome
Enlouquece com o desejo que lhe consome
À flor da pele
A língua sobrevoa o céu
O pensamento se afoga em alucinações
Tato selvagem na pele cheia de tatuagens
À flor da pele
O ofegante suspiro
Vira canto ao pé do ouvido
Sensação boa que causa arrepio
Corpos errantes
Bronzeados, em brasa
Na escuridão em estado flamejante
Exala o cheiro da vulva
Úmida como uma gruta
Me afogo na correnteza gozoza
Hoje acordei inquieto
Liberto
Negra, dengosa, te desejo
Te quero
À flor da pele.
Bruno Gabiru
Nenhum comentário:
Postar um comentário