quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Meu canto, meu sossego



É na estrela solitária onde marejam meus poemas
Desenhos pincelados
No espaço em branco
Descrevo meu imaginário

No meu canto, eu canto
Não tenho o dom, mas é preciso quebrar o silêncio monótono
No fim de tarde morro com o sol
Coberto pelo ócio ao cochilar

Me incomodo com a poeira na prateleira
Sob livros e discos
E com os gatos saltitando no telhado durante a madrugada.

Ao pisar na rua
Labuta diária
Recebo a buzinada do motorista imprudente
Barulhos
Tumulto de gente
Acumulo o pensamento
Constantemente

Mas, eu nem me aborreço
Logo mais, tenho um encontro marcado com meu sossego
Ele me recebe de braços abertos

No meu endereço.

                                                                  Bruno Gabiru

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